quinta-feira, 19 de maio de 2011

Jornalismo online, necessidade ou realidade?

Como todos nos já sabemos o mercado de trabalho está cada vez mais exigente e está em busca procura de profissionais cada vez mais capacitados. Saber escrever, fotografar, editar, e por que não criar? são requisitos básicos para o webjornalista.
A cada dia cresce o número de blogs e sites independentes de pessoas que querem mostrar para o mundo que também tem opinião própria. Para mostrar essa visão atual de mercado, entrevistamos a Jornalista Adriana Moura, que ao longo de seus 10 anos de profissão, mostra seu amor pela internet.

Ao longo de sua carreira como Jornalista você sempre trabalhou com o auxilio da internet?

Jamais trabalhei sem o auxílio da internet. Trata-se de uma mídia que integra o conjunto de subsídios que contribuem para a constituição de gêneros jornalísticos.

Como se configura o mercado de trabalho para os jornalistas com o advento da internet?

Com o advento da internet, o profissional jornalista encontrou um novo desafio: adaptar-se às novas tecnologias digitais, redes interativas, produção e difusão das notícias por meio da redefinição de técnicas de comunicação. O mercado vem exigindo não somente um técnico em comunicação social com boa formação acadêmica e, quase sempre, com experiência comprovada. Atualmente, o conhecimento e domínio de tecnologias de comunicação e informática também são itens decisivos para a contratação do profissional.

Quais benefícios (ou não) a internet pode trazer no seu trabalho?

A internet é um ambiente de comunicação que agrega formas midiáticas, ou seja, composto por outros veículos de comunicação. Trata-se de um canal de comunicação atrativo – capaz de atingir públicos segmentados – e de caráter contínuo.  Com foco no aprimoramento e melhoria na relação que estabeleço com o leitor e a notícia, o ambiente midiático entrelaçado sempre trouxe benefícios ao meu trabalho. 

Nos dias de hoje, é possível trabalhar sem o auxílio da internet?

Somente na década de 80, o “boom” da internet aconteceu. Antes disso, os fatos e os acontecimentos que marcaram as mais diferentes sociedades não deixaram de ser noticiados. Seria um desafio prazeroso trabalhar sem o auxílio da internet, pois possuo completa admiração aos profissionais que exerceram o ofício numa época em que a captação da informação, a produção de pautas e a veiculação da notícia ocorriam sem o auxílio e a influência do ciberesperaço.

Você acredita que o desenvolvimento de novas tecnologias da informação e comunicação possibilitou profundas mudanças na sociedade?

Sim. A forma da busca, leitura e recepção da informação são alguns exemplos dessas mudanças.  Porém, não somente o ciberespaço transformou a sociedade. O mesmo aconteceu com o surgimento do jornal impresso, do rádio e do telejornalismo.  

Na sua opinião essas mudanças trazem conseqüências ao mercado de trabalho do Brasil? Se sim, quais?

Sim. Como citado anteriormente, o mercado vem exigindo profissionais com conhecimento e domínio de tecnologias de comunicação e informática. Essa nova realidade exige mudanças no mercado e perfil do profissional de informação.

Na sua opinião, o nível de desemprego que está sendo enfrentado no Brasil está relacionado com as novas tecnologias?

Acredito que o desemprego enfrentado pelos profissionais em comunicação social não está, necessariamente, atrelado ao advento de novas tecnologias. Atribuo a sua origem a outras situações, como, por exemplo, a não obrigatoriedade da formação de nível superior em jornalismo para o exercício da profissão. Conheço jornalistas atuantes na mídia impressa que foram substituídos por profissionais com formação em letras.

Em sua opinião o desenvolvimento de novas tecnologias pode gerar empregos?

Sim, é possível. Contudo, enfatizo que o profissional deve apresentar conhecimento e domínio acerca das novas tecnologias de comunicação e informática, tais como editoração multimídia, interação eletrônica e, especialmente, com as diversas linguagens que compõem o universo convergente e interativo da internet.

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